Nesse artigo, iremos abordar uma introdução ao Machine Learning. Primeiramente, Machine Learning (ML) é um campo da inteligência artificial (IA) que permite que sistemas aprendam e melhorem automaticamente a partir da experiência, sem serem explicitamente programados. Além disso, a ideia central do ML é desenvolver algoritmos que podem receber dados de entrada e, assim, usar análises estatísticas para prever uma saída enquanto atualizam continuamente as saídas à medida que novos dados se tornam disponíveis.
Um Pouco de História
A história do Machine Learning pode ser rastreada até a primeira metade do século 20. Alguns marcos importantes incluem:
- 1950: Alan Turing propôs a “Turing Test” para medir a inteligência de uma máquina e publicou o artigo “Computing Machinery and Intelligence”.
- 1957: Frank Rosenblatt inventou o Perceptron, um tipo inicial de rede neural.
- 1967: O algoritmo de vizinhos mais próximos (KNN) foi introduzido, permitindo classificações automatizadas.
- 1980s: A redescoberta das redes neurais com a introdução do algoritmo de retropropagação.
- 2000s: Avanços em hardware e big data impulsionaram ainda mais o campo, levando a grandes inovações como o aprendizado profundo (deep learning).
Tipos de Algoritmos de Machine Learning
Os algoritmos de Machine Learning são geralmente classificados em quatro categorias principais: supervisionado, não supervisionado, semi-supervisionado e por reforço.
Aprendizado Supervisionado
Exemplos de Algoritmos Supervisionados:
- Regressão Linear: Utilizado para prever valores contínuos. Por exemplo, prever preços de imóveis com base em características como tamanho e localização.
- Máquinas de Vetores de Suporte (SVM): Utilizadas para tarefas de classificação. Por exemplo, classificação de e-mails como spam ou não spam.
- Redes Neurais Artificiais (ANNs): Utilizadas para uma variedade de tarefas, desde reconhecimento de voz até diagnósticos médicos.
A imagem abaixo demonstra um exemplo de algoritmo supervisionado utilizado para predição de preços de casas.
Aprendizado Não Supervisionado
No aprendizado não supervisionado, o algoritmo é treinado em dados que não são rotulados. O objetivo é inferir a estrutura oculta dos dados.
Exemplos de Algoritmos Não Supervisionados:
- K-Means: Um algoritmo de clustering que agrupa dados semelhantes.
- Análise de Componentes Principais (PCA): Utilizada para redução de dimensionalidade.
- Mapeamento de Características Independentes (ICA): Utilizado para identificar sinais ocultos em dados.
Segue abaixo um exemplo de clusterização.
Aprendizado Semi-Supervisionado
O aprendizado semi-supervisionado está entre o supervisionado e o não supervisionado. Utiliza um pequeno conjunto de dados rotulados e um grande conjunto de dados não rotulados.
Exemplos de Algoritmos Semi-Supervisionados:
- Graph-Based Methods: Utilizam grafos para modelar relações entre pontos de dados e melhorar a precisão do aprendizado.
- Co-Training: Utiliza múltiplos classificadores para rotular dados não rotulados com alta confiança.
Aprendizado por Reforço
No aprendizado por reforço, o algoritmo aprende a tomar decisões sequenciais ao interagir com um ambiente dinâmico. Assim, ele recebe recompensas ou penalidades com base nas ações tomadas e visa maximizar a recompensa total. Desse modo, o algoritmo ajusta suas estratégias para obter os melhores resultados possíveis. Portanto, o objetivo principal é desenvolver um modelo que consiga aprender e melhorar suas decisões ao longo do tempo, apesar das incertezas e variabilidades do ambiente.
Exemplos de Algoritmos por Reforço:
- Q-Learning: Um algoritmo de aprendizado por reforço que busca aprender a política ótima de ações.
- Deep Q-Networks (DQN): Combina Q-Learning com redes neurais profundas para lidar com estados de alta dimensionalidade.
- Actor-Critic Methods: Utilizam dois modelos, um para sugerir ações (ator) e outro para avaliar essas ações (crítico).
Segue abaixo um exemplo do Q-Learning:
Ferramentas para Desenvolver Algoritmos de Machine Learning
- Scikit-Learn: Uma biblioteca em Python para aprendizado de máquina que inclui ferramentas simples e eficientes para análise de dados.
- TensorFlow: Uma biblioteca de código aberto desenvolvida pelo Google para aprendizado profundo e outras tarefas de ML.
- Keras: Uma API de alto nível para redes neurais que pode ser executada sobre TensorFlow.
- PyTorch: Uma biblioteca de aprendizado profundo desenvolvida pelo Facebook que fornece um forte suporte para redes neurais dinâmicas.
Conclusão
Machine Learning é um campo fascinante e dinâmico que, inegavelmente, tem o potencial de transformar uma ampla variedade de indústrias. Além disso, com uma história rica e uma variedade de algoritmos para diferentes tipos de tarefas, os profissionais e entusiastas têm à sua disposição uma série de ferramentas poderosas para desenvolver soluções inovadoras. Por exemplo, o aprendizado supervisionado, não supervisionado, semi-supervisionado e por reforço oferecem abordagens diversas para resolver problemas complexos e descobrir insights valiosos a partir dos dados. Em suma, essas técnicas proporcionam meios eficazes para lidar com grandes volumes de informação e extrair conhecimento relevante, consequentemente, impulsionando avanços tecnológicos e melhorias significativas em diversas áreas.
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